Há milhões de anos a vida cresce sobre a Terra e dela nós retiramos tudo que precisamos para sobreviver: água, frutos, ar, calor, árvores…
Homem e Natureza. Entre Nós, há tanto o que viver, experimentar e criar que precisamos, urgentemente, legitimar um espaço para que essa religação possa acontecer. Uma educação voltada para nossa essência, que possibilite a interlocução de nossas culturas e biodiversidades, que traga a raiz, as folhas, frutos, sementes, sol, lua, ventos e tudo mais para o centro das atividades e que nos possibilite sentir a terra em nossas mãos.
O Projeto Entre Nós, também espera resgatar os elementos da cultura popular, tão enraizada em nossa Terra, trazendo o folclore, as danças de cirandas e os Nós do artesanato para o centro de nossas pesquisas, entrelaçando nossas culturas em uma mesma atmosfera harmônica e representativa, alimentando os elos que nos ligam.
Para a criança bem pequena o mundo é uma mágica esfera de relações sejam elas realizadas com adultos, crianças, objetos ou animais, os bebês estão sempre em movimento curioso, indo em busca de novas experiências sensoriais e de um olhar que reforce suas ações, que as valorize. Nessa relação, se estabelece uma sintonia afetiva tão nutritiva quanto o alimento que é ingerido. Nesse encontro de olhares, gestos, sons, cheiros e vozes, os bebês mapeiam as expressões e iniciam um trabalho fundamentalmente de observação e imitação das reações ali apresentadas. Como diria Stern, “experimentamos o outro como se estivéssemos executando a mesma ação, sentindo as mesmas emoções, fazendo a mesma vocalização ou sendo tocados como ele” (1934. P. 101), daí a importância de estabelecer esse contato corporal, de se estar próximo – mesmo que a distância – desse bebê humano que ali está para investigar tudo ao seu redor.